quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Falando sobre o amor.

“Descobri que quase tudo o que já foi escrito sobre o amor é verdade. Shakespeare disse: ‘As viagens acabam em encontros de amantes’. Que pensamento extraordinário. Pessoalmente, não experimentei nada parecido, mas creio que Shakespeare experimentou. Acho que penso no amor mais do que deveria. Sempre me surpreende seu poder de alterar e definir nossas vidas. Foi Shakespeare quem também disse: ‘O amor é cego’. Agora eu sei que isso é verdade.
Para algumas pessoas, o amor desaparece inexplicavelmente. Para outras, o amor está simplesmente perdido. Mas é claro que o amor também pode ser encontrado. Mesmo que só por uma noite.
Há também outro tipo de amor. O do tipo mais cruel. Aquele que quase mata suas vítimas. Chama-se amor não-correspondido. E, nesse, sou especialista. Na maioria das histórias de amor, um se apaixona pelo outro. Mas e quanto ao resto? E as nossas histórias? Daqueles que se apaixonam sozinhos. Somos vítimas do amor que não é recíproco. Amaldiçoados pelos amados. Mal-amados. Feridos sem prioridade. Deficientes sem o melhor lugar no estacionamento. Eu sou uma dessas pessoas.”

(Texto retirado do filme: O amor não tira férias.)

Nesses dias pude assistir a esse filme, me deparar com esse texto e a realidade do amor tão simples. Objetividade. Encantei-me, porque retrata algumas de minhas idéias sobre esse sentimento. Retrata meu cotidiano, minhas histórias; acredito pois que se eu tivesse escrito não sairia tão perfeito como este. Mas não, talvez esses escritos me remetam apenas a minha idéia de amor mundano, que muitas vezes é assim que sou conduzida e me deixo acreditar, é sobre um amor maior, um amor completo, decidido, que venho partilhar.

Decisão. Ato de determinar, resolver. Sempre gostei dos significados das palavras, para que se fichem com maior vigor e não saiam de nossas mentes jamais. Pois bem, é de um amor decisão que venho falar-vos. Um amor que muito mais que o apaixonado, é aquele que ama sabendo o que ama e por isso é capaz de amar mais e melhor, porque ama por inteiro.
Essa espécie de amor é difícil e exige de nós grande perca de tempo. Perdemos nosso tempo a conhecer o outro em suas virtudes e defeitos, forças e fraquezas... descobrimos pois que nesse amor somos capazes de amar por completo, até porque conhecemos a pessoa em tudo, aprendemos a transpor barreiras e limites impostos pelo mundo, dizendo que só dá certo um sentimento quando os amantes são parecidos, que engano! Descobrimos a tranqüilidade de amar e saber que tudo sabemos, por isso a delícia de um sentimento assim.

Estou a falar aqui de um amor que ama por primeiro, sem se importar com a reciprocidade, é claro que ser amado também é maravilhoso. Só um sentimento assim é capaz de esperar o tempo que for na certeza da vontade de Deus. Um amor que não busca interesse, satisfação... um amor que só quer amar.

Depois de toda essa explanação vejo como estou sedenta de um amor assim, de ser amada com decisão. Estou cansada de amar sozinha, de ser a menina linda, inteligente, legal, mas que não dá pra namorar porque a amizade prevalece. É um amor desse jeito que estou a procurar, um amor decidido a amar o completo, quem sou, como sou e o que quero. Será esse, então, meu calvário aqui? Será isso que me levará para perto daquele que poderá me dar o amor verdadeiro e pleno?

Por Amanda Conrado.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O diário de Maria (IV) – Confidências e confissões.

(...)

A muito que não escrevo sobre nossa protagonista, mas para não deixá-los aflitos e ansiosos, descidi, pois dar-vos notícias caros leitores. Maria vive um momento de paz, uma tranqüilidade que só um amor no Amor pode proporcionar, depois de ter uma conversa com uma amiga viu que o que nutri pelo José não é algo fora de Deus, não pode ser.

A menina que sente cada vez mais seu coração enamorar-se por ele, que dia após dia procura conhecê-lo e entendê-lo. Descobriu nesse período que suas valorosas conversas com o objeto do seu amor (digo valorosas por que mesmo breves ou longas, sérias ou leves, já se tornaram pérolas preciosas de seu tesouro) a levam mais ao céu, e todo o seu ser, agora sem medo de admitir ou de estar errada, descidi amar José no que ele é, sente, reza e deseja ser.

Ela reza tacitamente e incessantemente para que Deus abra seus olhos aos sinais de sua vontade (a de Deus), como um dia Ele abriu pra que ela o visse, José. Maria que sonha com a mesma frase todos os dias, ao lembrar-se daquele rosto; Que bom que eu te encontrei, a tempos estava a te esperar.

Continua (...)
Por Amanda Conrado.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Resposta.

Oi Lucas,
Foi com grande alegria no coração que chegou em minhas mãos sua doce e singela carta. O Papai do céu fica feliz pela sua disposição e abertura de coração. Seu pai (o da terra) estava certo sobre tudo o que te dissera, peço que tu o escutes e obedeça, é o Papai (aqui do céu) que te pede.

Quero dizer-te também que sua mãe (a do céu) se felicitou muito ao ver que tu lembrastes dela, ela manda dizer-te que o ama com uma profundidade, que nem as gotas de água do mar e nem as areias da praia são capazes de se igualar. Ela diz ainda que mesmo nesse tempo em que tu achas que não sabe rezar, pare e sinta, Ela está ao teu lado a te ensinar.

Quero dizer-te ainda, filho amado, eu tenho muito orgulho de ti e sabe... tu me dás muitas alegrias.
Nunca duvides do amor que esse Pai (o do céu) te dedica, ele (o amor) é imenso. E mais um pedido: Olhe para o céu!

Amo-te com amor de eternidade!

Papai do céu.
[PS.: Dedicado à Thiago Luiz, por Deus.]

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

“E ser feliz não é sofrer?”

Por muito tempo fiquei a refletir o que a frase acima me dizia e por que me trazia um misto de prazer e agonia. Lembrei-me então de meus últimos dias e da idéia ilusória de não arriscar, ou até mesmo me entregar, para não sofrer. Foi então que brilhantemente um amigo escreve: “E ser feliz não é sofrer?”, fazendo com que eu ficasse estática, em estado de choque, pude sentir um leve tapa em meu rosto. Não pude conter as lágrimas. Chorei; como se aquilo fosse sabido por mim, mas que imbecilmente não quis aceitar.
Foi o primeiro passo. Eu sabia que precisava de algo assim, e tinha que vir do jeito que veio. Repito, foi, apenas, o primeiro passo. Um caminhar sem medo, um abandonar-se sem razão. E então você pode me perguntar: O medo se foi? Ahh, querido leitor, o medo não se foi... talvez ele existirá pra sempre, ou até mesmo se fará extinto algum dia.
Fico a pensar como muitas coisas se fariam tão mais fáceis se nos lembrássemos dessa simples frase. Posso afirmar que ela gravou-se em meu ser como tatuagem sob a pele lisa, e seu ensinamento em meu cérebro na memória de longo prazo. “E ser feliz não é sofrer?” Por muitas vezes pensei que não, mas no fundo, tudo o que realmente vale a pena nos fere um pouco, pois requer de nós espera, sacrifício, esquecer de si... todas essas atitudes doem, mas são recompensadas. Por isso vai uma dica: seja feliz sem temor, mesmo que isso doa, a vida é assim! É dessas pequenas ‘dores’ que os seres humanos tanto precisam e buscam.

Por Amanda Conrado.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Anda por aqui.

Sina Nossa (O Teatro Mágico)

Minha senhora,
És de lua e beleza
És um pranto do avesso
És um anjo em verso
Em presença e peso
Atrevo me atravesso
Pra perto do peito teu
Teu sagrado em tua besteira
Teu cuidado em tua maneira
De descordar da dor
De descobrir abrigo
Entre tanto amor
Entretanto a dúvida
A música que casou
Com um certo surto que não veio
Há uma alma em mim,
Há uma calma que não condiz...
Com a nossa pressa!
Com o resto que nos resta
Lamentavelmente eu sou assim...
Um tanto disperso
Às vezes desapareço
Pois depois recomeço
Mas antes me esqueço
Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa é...
Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa...
Minha senhora diz:
Bons ventos para nós
Para assim sempre
Soprar sobre nós...

[Eu não costumo postar textos que não são meus, mas essa música tem feito muito em meu coração. Talvez esteja falando por mim.]